ATLETA: RONALDO ANGELOPublicado: Informativo Podium – Dez/Jan -2008/2009
25º “Entrevistando Atletas e Resgatando Histórias”Informativo Podium:Quando começou a praticar atletismo , e quem o incentivou?
R:Comecei por acaso , em Setembro de 2003 na prova do JJS a Independência do Brasil, mas quando me chamaram nem imaginava do que se tratava , na época não havia a divulgação de corridas como há hoje , não tinha idéia do que seria essa parada mas como mais alguns doidos da empresa também iriam, resolvi participar também , sem nunca ter corrido nunca ter treinado e logo na distancia de 10 km , por isso que éramos realmente um bando de doidos.
Informativo Podium:O que o motiva a correr.
R:Os benefícios da corrida, aqueles que se nota só de olhar para um corredor como a alegria, o bem estar, a disposição e auto-estima. Alem de fortalecer pulmão, coração, ossos e músculos, alem de prevenir uma serie de patologias, stress e problemas relacionados ao coração, algo unânime é o sentimento de satisfação plena estampada no rosto de quem corre e é por causa desse sentimento que corro.
Informativo Podium:Quantas provas já correu.
R:Já corri 126 provas.
Informativo Podium:Quantos treinos faz por semana.
R:6 treinos por semana
Informativo Podium:Quais as principais provas que já correu.
R:Meias maratonas Corpore de São Paulo, Meias do Rio, corrida nutry de Curitiba, 30 km de Bertioga e Maratona de Porto Alegre.
Informativo Podium:Tem algum conselho ou dica para quem vai começar o atletismo.
R:Fazer os exames necessários e respeitar a sua individualidade, pois cada pessoa apresenta um nível de condicionamento e oque é bom para uma pessoa pode não ser bom para outra, ter disciplina e forca de vontade, pois seguir um programa de treinamento não é para qualquer um não.
Informativo Podium:Cite alguma experiência de vida que já passou.
R:Não tive experiências tão marcantes, mas a vida é uma escola e todo dia vou aprendendo.
Informativo Podium:A empresa que você trabalha incentiva o atletismo.
R: A associação da empresa paga algumas inscrições durante o ano.
Informativo Podium:Você costuma incentivar amigos onde trabalha.
R:Incentivo no sentido de dizer que a pessoa é capaz basta começar, acho que o interesse tem que partir da própria pessoa.
Informativo Podium:Que beneficio o esporte traz ao funcionário e para a empresa.
R:O funcionário que faz esse esporte tem mais disposição, disciplina e seu nível de stress é menor. A empresa ganha, pois esse funcionário atleta rende mais no trabalho, tem menos stress, tem menos doenças e falta menos colaborando com as metas da empresa.
Informativo Podium:Treina com alguma equipe. Qual.
R:Treino na equipe Marcorrer há 2 anos, onde alem de melhorar a pratica da corrida, fiz muitas amizades e hoje com certeza sinto muito mais vontade de correr e continuar a seguir esse caminho maravilhoso que é o mundo das corridas.
Informativo Podium:Qual a corrida que mais marcou em sua memória.
R:Agora é minha vez, vou te contar a história da minha primeira maratona, primeira e única maratona de Porto Alegre.
Como eu tinha alguns anos de corrida na bagagem, muitas dezenas de 10 km e uma dezena de meias-maratonas achei que poderia em 2007 treinar e concluir alguma maratona com sucesso. Porém meu coach achou melhor eu fazer somente no ano seguinte, então adiei e ficou para 2008, só faltava escolher qual correr.
Antes mesmo de o ano acabar já tinha decidido, embora muitos estréiam na maratona de São Paulo que tem um percurso difícil, eu preferi a de Porto Alegre por ser plano, o clima ameno e sem tumultos , sem aquela montoeira de gente se empurrando , esperando encontrar muito frio no dia da prova, oque seria ótimo para mim que prefiro esse clima para correr.
A prova seria no final de maio, comecei a treinar em janeiro, portanto 5 meses de preparação e vários domingos de sofrimento, bem, não é bem sofrimento a palavra certa, pois sofrimento é não poder correr, se tu estiver focado, determinado e fizer tudo certinho garanto que não será tão difícil assim.
Treinei no parque do Carmo , ecológico , na Ayrton Senna e na via Anchieta , mas o bicho pegou mesmo nos treinos que fiz sozinho na minha área , na Anchieta , partia sempre do mesmo ponto do km 12 e dependendo do treino ia até o km 27 e voltava totalizando no mínimo 30 km , as dificuldades desses treinos eram que alem de correr sozinho , não havia água no percurso e eu tinha que carregar comigo água e géis de carboidrato , o percurso não era todo plano , pois possui aclives e declives fora a poluição e o barulho dos automóveis.
Mas treinando sozinho eu estava treinando também meu psicológico, sabia que dessa forma os 42 km não seriam problema e eu estaria preparado para essa distancia.
Treino Via Anchieta parte 1
Fazia pouco que tinha começado o treino, não tinha completado nem 10 km, estava quase chegando próximo da Volks , quando do nada apareceram 3 cachorros , eu correndo e eles correndo atrás de mim, resolvi atirar pedras para intimidar-los, mas não adiantou nada, pois eles continuavam a me perseguir, isso já durava uns quinhentos metros e a solução foi fazer um tiro de quase 1 km para afastá-los, depois de quase acabarem com meu treino eles desistiram, na certa eles não eram da elite e não treinam na marcorrer, senão eles teriam me pegado.
Treino via Anchieta parte 2
Num dos longos não consegui completar, acho que não era um bom dia, iria correr 32 km e os cachorros que se danem, pois eu corro mais que eles e se não treinam azar o deles. Na ida tudo bem, mas na volta na segunda parte do treino tive um problema gastrointestinal e percebi que não daria para continuar, o ritmo caiu muito e o corpo pedia para parar, parei e depois de alguns minutos tentei trotar, mas era impossível doía tudo e foi nesse treino que pensei em desistir dos treinos e da maratona, mas bobagem foi só um dia ruim, antes mesmo de chegar em casa já tinha decidido correr o próximo, e nesse como premio de consolação choveu e correu tudo bem, não tinha cachorros e nem dor, só eu, Deus, a chuva e o asfalto.
Inscrição feita, treinado, bastava só arrumar a mala e pegar a aeronave. Chegando à cidade do aeroporto ao hotel foram dois palitos, e do hotel ao pórtico de largada dava só 1 km, melhor localização que aquela era impossível e ainda com um supermercado do lado, na geladeira leite, frutas e como meu amigo Sala foi junto cerveja e smirnoff ice, mas é claro também tinha meu shake e minha proteína isso não podia faltar.
Na véspera da prova não deu outra era só andança pra la e pra Ca conhecendo a cidade, seus parques, shopping e tal, e achei uma feira que não tinha pastel e muito menos caldo de cana, só se via chimarrão pra todo lado e eu me sentindo um estranho no ninho.
Não acordei, pois nem dormi, eu não estava ansioso, mas véspera de prova é assim mesmo às vezes eu não consigo dormir , levantei , tomei meu café da madruga reforçado e fui andando para a prova que era perto mesmo.
Madrugada escura e eu fui um dos primeiros a aparecer no local da largada, depois peguei o chip e como o frio que eu esperava não apareceu, a toca e as luvas foram para o guarda-volumes. No aquecimento aquele filho da mãe, técnico de playboy Mario Sergio estava de bike e quase me atropela, o cara é muito mala sair de São Paulo para pedalar em Porto Alegre, existe Mané pra tudo.
Encontrei quando estava aquecendo o Ednardo e o Alencar da equipe, e poucos minutos depois foi dada a largada, larguei junto com o Ednardo, mas estávamos num ritmo confortável, sabia que a prova começaria mesmo depois do km25, passado metade da prova daria para saber como eu estaria no final. O clima estava bom para correr, só numa determinada parte da prova pegamos um vento contra que mais a frente na volta, ficou a nosso favor e isso deu uma refrescada.
Eu comecei a usar meu gel depois de 11 km de prova, mas percebi que mais pra frente iria me dar problemas em vez de ajudar, de 3 em 3 kms mais ou menos havia postos com gatorade, quando percebi isso decidi jogar fora o gel e ficar só na água e gatorade e essa decisão foi fantástica, pois me ajudou muito a terminar a prova inteiro.
Estava correndo junto com o Ednardo até o km30, e passamos sem avistar a tal linha ou será que arrebentamos ela¿, a partir daí como eu senti que estava bem resolvi apertar um pouquinho o ritmo, o objetivo era concluir em 3h30m, mas no ritmo que estava terminaria em 3h20m. Quando completei 32 km pensei: “agora já era, só falta uma provinha de 10 km”, depois de trinta e poucos quilômetros, dez vira dezinho pode acreditar.
Depois disso à medida que a prova estava chegando ao seu final, percebi o quão estava treinado, eu correndo e os outros corredores pareciam caminhar, eu ultrapassei muita gente, muitos se arrastando, totalmente esgotados, e aqueles que não treinaram com afinco com certeza se perguntavam oque estavam fazendo ali, ou nunca mais, nunca mais participo de uma maratona, pois a impressão que me passaram foi essa.
Os quilômetros se passando e eu firme e forte, 35, 36, 37,38, nos 39 era só alegria, eu treinei pra isso e agora estava colhendo meus frutos, 40 nossa já corri 40 só falta 2, mais alegria, 41 eu já comemorava vibrando com o punho levemente erguido, era só correr pro abraço disse um corredor do meu lado, e era mesmo, foram os melhores 1.195 metros, os mais alegres e mais prazerosos até agora, somados aos estratégicos 41 km, resultando em 3h18: 59s.
Prova concluída, maratonistas reunidos, medalhão no peito, cansaço e eu não sabia se ria se ligava pra família, pra namorada, se ia pro hotel tomar a merecida ducha, é o efeito da adrenalina presente no corpo, e esse nível de adrenalina eu só senti nessa distancia é outra coisa é outro sentimento, sentimento de dever cumprido de superação, de vitória.
Aquele gole de coca-cola depois da prova foi incrível, até minha alma sugou a glicose daquelas gotas, com certeza o gole mais merecido, valeu Ednardo!
Special thanks to: aos amigos presentes nos longoes Toninho, Jailson, Josenildo, Ednardo, Alencar, Ronaldo Ramos, Pio, Edmilson, a todos da equipe Marcorrer, equipe Podium, ao Valmir e ao meu treinador Marcos e a Deus, pois sem ele esse testemunho não seria possível e não teria acontecido.
R:Comecei por acaso , em Setembro de 2003 na prova do JJS a Independência do Brasil, mas quando me chamaram nem imaginava do que se tratava , na época não havia a divulgação de corridas como há hoje , não tinha idéia do que seria essa parada mas como mais alguns doidos da empresa também iriam, resolvi participar também , sem nunca ter corrido nunca ter treinado e logo na distancia de 10 km , por isso que éramos realmente um bando de doidos.
Informativo Podium:O que o motiva a correr.
R:Os benefícios da corrida, aqueles que se nota só de olhar para um corredor como a alegria, o bem estar, a disposição e auto-estima. Alem de fortalecer pulmão, coração, ossos e músculos, alem de prevenir uma serie de patologias, stress e problemas relacionados ao coração, algo unânime é o sentimento de satisfação plena estampada no rosto de quem corre e é por causa desse sentimento que corro.
Informativo Podium:Quantas provas já correu.
R:Já corri 126 provas.
Informativo Podium:Quantos treinos faz por semana.
R:6 treinos por semana
Informativo Podium:Quais as principais provas que já correu.
R:Meias maratonas Corpore de São Paulo, Meias do Rio, corrida nutry de Curitiba, 30 km de Bertioga e Maratona de Porto Alegre.
Informativo Podium:Tem algum conselho ou dica para quem vai começar o atletismo.
R:Fazer os exames necessários e respeitar a sua individualidade, pois cada pessoa apresenta um nível de condicionamento e oque é bom para uma pessoa pode não ser bom para outra, ter disciplina e forca de vontade, pois seguir um programa de treinamento não é para qualquer um não.
Informativo Podium:Cite alguma experiência de vida que já passou.
R:Não tive experiências tão marcantes, mas a vida é uma escola e todo dia vou aprendendo.
Informativo Podium:A empresa que você trabalha incentiva o atletismo.
R: A associação da empresa paga algumas inscrições durante o ano.
Informativo Podium:Você costuma incentivar amigos onde trabalha.
R:Incentivo no sentido de dizer que a pessoa é capaz basta começar, acho que o interesse tem que partir da própria pessoa.
Informativo Podium:Que beneficio o esporte traz ao funcionário e para a empresa.
R:O funcionário que faz esse esporte tem mais disposição, disciplina e seu nível de stress é menor. A empresa ganha, pois esse funcionário atleta rende mais no trabalho, tem menos stress, tem menos doenças e falta menos colaborando com as metas da empresa.
Informativo Podium:Treina com alguma equipe. Qual.
R:Treino na equipe Marcorrer há 2 anos, onde alem de melhorar a pratica da corrida, fiz muitas amizades e hoje com certeza sinto muito mais vontade de correr e continuar a seguir esse caminho maravilhoso que é o mundo das corridas.
Informativo Podium:Qual a corrida que mais marcou em sua memória.
R:Agora é minha vez, vou te contar a história da minha primeira maratona, primeira e única maratona de Porto Alegre.
Como eu tinha alguns anos de corrida na bagagem, muitas dezenas de 10 km e uma dezena de meias-maratonas achei que poderia em 2007 treinar e concluir alguma maratona com sucesso. Porém meu coach achou melhor eu fazer somente no ano seguinte, então adiei e ficou para 2008, só faltava escolher qual correr.
Antes mesmo de o ano acabar já tinha decidido, embora muitos estréiam na maratona de São Paulo que tem um percurso difícil, eu preferi a de Porto Alegre por ser plano, o clima ameno e sem tumultos , sem aquela montoeira de gente se empurrando , esperando encontrar muito frio no dia da prova, oque seria ótimo para mim que prefiro esse clima para correr.
A prova seria no final de maio, comecei a treinar em janeiro, portanto 5 meses de preparação e vários domingos de sofrimento, bem, não é bem sofrimento a palavra certa, pois sofrimento é não poder correr, se tu estiver focado, determinado e fizer tudo certinho garanto que não será tão difícil assim.
Treinei no parque do Carmo , ecológico , na Ayrton Senna e na via Anchieta , mas o bicho pegou mesmo nos treinos que fiz sozinho na minha área , na Anchieta , partia sempre do mesmo ponto do km 12 e dependendo do treino ia até o km 27 e voltava totalizando no mínimo 30 km , as dificuldades desses treinos eram que alem de correr sozinho , não havia água no percurso e eu tinha que carregar comigo água e géis de carboidrato , o percurso não era todo plano , pois possui aclives e declives fora a poluição e o barulho dos automóveis.
Mas treinando sozinho eu estava treinando também meu psicológico, sabia que dessa forma os 42 km não seriam problema e eu estaria preparado para essa distancia.
Treino Via Anchieta parte 1
Fazia pouco que tinha começado o treino, não tinha completado nem 10 km, estava quase chegando próximo da Volks , quando do nada apareceram 3 cachorros , eu correndo e eles correndo atrás de mim, resolvi atirar pedras para intimidar-los, mas não adiantou nada, pois eles continuavam a me perseguir, isso já durava uns quinhentos metros e a solução foi fazer um tiro de quase 1 km para afastá-los, depois de quase acabarem com meu treino eles desistiram, na certa eles não eram da elite e não treinam na marcorrer, senão eles teriam me pegado.
Treino via Anchieta parte 2
Num dos longos não consegui completar, acho que não era um bom dia, iria correr 32 km e os cachorros que se danem, pois eu corro mais que eles e se não treinam azar o deles. Na ida tudo bem, mas na volta na segunda parte do treino tive um problema gastrointestinal e percebi que não daria para continuar, o ritmo caiu muito e o corpo pedia para parar, parei e depois de alguns minutos tentei trotar, mas era impossível doía tudo e foi nesse treino que pensei em desistir dos treinos e da maratona, mas bobagem foi só um dia ruim, antes mesmo de chegar em casa já tinha decidido correr o próximo, e nesse como premio de consolação choveu e correu tudo bem, não tinha cachorros e nem dor, só eu, Deus, a chuva e o asfalto.
Inscrição feita, treinado, bastava só arrumar a mala e pegar a aeronave. Chegando à cidade do aeroporto ao hotel foram dois palitos, e do hotel ao pórtico de largada dava só 1 km, melhor localização que aquela era impossível e ainda com um supermercado do lado, na geladeira leite, frutas e como meu amigo Sala foi junto cerveja e smirnoff ice, mas é claro também tinha meu shake e minha proteína isso não podia faltar.
Na véspera da prova não deu outra era só andança pra la e pra Ca conhecendo a cidade, seus parques, shopping e tal, e achei uma feira que não tinha pastel e muito menos caldo de cana, só se via chimarrão pra todo lado e eu me sentindo um estranho no ninho.
Não acordei, pois nem dormi, eu não estava ansioso, mas véspera de prova é assim mesmo às vezes eu não consigo dormir , levantei , tomei meu café da madruga reforçado e fui andando para a prova que era perto mesmo.
Madrugada escura e eu fui um dos primeiros a aparecer no local da largada, depois peguei o chip e como o frio que eu esperava não apareceu, a toca e as luvas foram para o guarda-volumes. No aquecimento aquele filho da mãe, técnico de playboy Mario Sergio estava de bike e quase me atropela, o cara é muito mala sair de São Paulo para pedalar em Porto Alegre, existe Mané pra tudo.
Encontrei quando estava aquecendo o Ednardo e o Alencar da equipe, e poucos minutos depois foi dada a largada, larguei junto com o Ednardo, mas estávamos num ritmo confortável, sabia que a prova começaria mesmo depois do km25, passado metade da prova daria para saber como eu estaria no final. O clima estava bom para correr, só numa determinada parte da prova pegamos um vento contra que mais a frente na volta, ficou a nosso favor e isso deu uma refrescada.
Eu comecei a usar meu gel depois de 11 km de prova, mas percebi que mais pra frente iria me dar problemas em vez de ajudar, de 3 em 3 kms mais ou menos havia postos com gatorade, quando percebi isso decidi jogar fora o gel e ficar só na água e gatorade e essa decisão foi fantástica, pois me ajudou muito a terminar a prova inteiro.
Estava correndo junto com o Ednardo até o km30, e passamos sem avistar a tal linha ou será que arrebentamos ela¿, a partir daí como eu senti que estava bem resolvi apertar um pouquinho o ritmo, o objetivo era concluir em 3h30m, mas no ritmo que estava terminaria em 3h20m. Quando completei 32 km pensei: “agora já era, só falta uma provinha de 10 km”, depois de trinta e poucos quilômetros, dez vira dezinho pode acreditar.
Depois disso à medida que a prova estava chegando ao seu final, percebi o quão estava treinado, eu correndo e os outros corredores pareciam caminhar, eu ultrapassei muita gente, muitos se arrastando, totalmente esgotados, e aqueles que não treinaram com afinco com certeza se perguntavam oque estavam fazendo ali, ou nunca mais, nunca mais participo de uma maratona, pois a impressão que me passaram foi essa.
Os quilômetros se passando e eu firme e forte, 35, 36, 37,38, nos 39 era só alegria, eu treinei pra isso e agora estava colhendo meus frutos, 40 nossa já corri 40 só falta 2, mais alegria, 41 eu já comemorava vibrando com o punho levemente erguido, era só correr pro abraço disse um corredor do meu lado, e era mesmo, foram os melhores 1.195 metros, os mais alegres e mais prazerosos até agora, somados aos estratégicos 41 km, resultando em 3h18: 59s.
Prova concluída, maratonistas reunidos, medalhão no peito, cansaço e eu não sabia se ria se ligava pra família, pra namorada, se ia pro hotel tomar a merecida ducha, é o efeito da adrenalina presente no corpo, e esse nível de adrenalina eu só senti nessa distancia é outra coisa é outro sentimento, sentimento de dever cumprido de superação, de vitória.
Aquele gole de coca-cola depois da prova foi incrível, até minha alma sugou a glicose daquelas gotas, com certeza o gole mais merecido, valeu Ednardo!
Special thanks to: aos amigos presentes nos longoes Toninho, Jailson, Josenildo, Ednardo, Alencar, Ronaldo Ramos, Pio, Edmilson, a todos da equipe Marcorrer, equipe Podium, ao Valmir e ao meu treinador Marcos e a Deus, pois sem ele esse testemunho não seria possível e não teria acontecido.
Envie sua entrevista para: informativopodium@yahoo.com.br
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